04-07-2008 - 09:17
No âmbito do TRANSINOV – Projecto Transfronteiriço de Inovação e Cooperação Empresarial, financiado pela Iniciativa INTERREG III A, decorreu nos passados dia 2 e 3 de Julho na Universidade do Algarve um encontro de partilha de experiências entre técnicos do CRIA – Centro Regional para a Inovação do Algarve, do Núcleo do Algarve da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, da Ambifaro – Agência de Desenvolvimento Local e da Fundação Rede Andaluzia Empreende, instrumento da Consejería de Innovación, Ciencia y Empresa da Junta de Andaluzia, especialmente vocacionada para a promoção e apoio ao empreendedorismo.
Este encontro organizado pelo CRIA reuniu 30 técnicos dos dois lados da fronteira que apresentaram mutuamente as suas entidades e respectiva missão, as formas de organização, os serviços prestados na promoção do empreendedorismo e no apoio à criação de empresas e os resultados alcançados nos últimos anos. Simultaneamente foram listadas formas de colaboração futura que permitam facilitar aos empreendedores uma abordagem transfronteiriça dos mercados.
Para João Amaro, Gestor de Projectos do CRIA “… este encontro foi importantíssimo para criar um clima de confiança e uma rede de contactos entre os técnicos dos dois lados da fronteira, etapa essencial para que possamos garantir aos empresários algarvios que encontrarão na Andaluzia, e vice-versa, técnicos especializados que os poderão ajudar nas questões legais e fiscais, no estabelecimento de contactos comerciais e na procura de uma localização para o seu negócio”.
No que diz respeito à comparação do modus operandi das organizações nos dois territórios, João Amaro refere “ é impressionante e para nós frustrante a diferença entre a capacidade instalada neste domínio no Algarve e em Huelva. Por exemplo ao nível de técnicos de apoio ao empreendedorismo, a província de Huelva tem aproximadamente 300 enquanto no Algarve não seremos mais de uma dúzia…” e acrescenta “…fico com a sensação que em Portugal e no Algarve ainda não há maturidade política suficiente para perceber a importância deste tipo de investimento numa altura em que simultaneamente o emprego qualificado está a diminuir na região e se proclamam estratégias de desenvolvimento baseadas no conhecimento. Sem investimento neste domínio não surgirão novas empresas em qualidade e quantidade que permitam alterar o perfil económico do Algarve.”